Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos

ORIGEM DE EROS









Damião Cavalcanti

Teve o caos como seu berço,
No aveludado deitou-se a noite.
A noite grávida aninhou o ventre,
Da fenda escura luziu o ovo,
Flutua na clara do vento morno
E é chocado pelo ardente fogo.

Nasce tão belo o Eros vivo,
Com flechas brasas
O amor anima,
Da tocha acesa
Cada uma atira,
Semeando vida,
Prazer é mira.

Atinge-me, Eros,
Quero ser o próximo.
Vens à luz para nos dar,
Entre o Érebo e a Terra,
Nasces primeiro,
És erótico ao tenro olhar...

Se amor não sei fazer,
Ensina-me saber amar.
Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 29/12/2009


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