Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos

VIA LÁCTEA

Se me vens como uma sombra,
Em sombra transformar-me-ei,
Para que elas se dêem as mãos
E, como rainha e rei,
Vestidas de plebeia e vassalo,
Perambulem no ocaso,
Como pássaros sem amarras,
Sendo bússola o acaso.
Visitem outras galáxias,
À procura de outras vidas.
Etérea forma será a ida...
Reassumas o teu corpo,
Assim quero tua vinda.
Para que, além de amar,
Admire bela terrestre,
Banhando-se, no azul do mar,
Nua, deitada no campestre,
Descanse eu olhos e nudez,
Vendo em ti o brilhar da lua,
Ajudada pelos astros,
Espelhados em tua tez.



Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 02/02/2010


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