Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos


INSÔNIA

Por que amo a noite,
Se, quando a amo,
Eu não descanso?
Por que eu me canso,
Nessa tamanha fadiga?
Curiosidade, me diga.
A noite me cansa,
O dia persegue,
E o sol, claro alegre,
Ofusca-me de luz;
Os olhos, vermelhos,
Perdem verde cor,
Esfregam-os os dedos,
Nos instantes de dor.
Sem sono, sem sonho,
Tudo me cansa,
Perdi tantas contas
Dos prejuízos do amor.

 
 
 
 
 
 
Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 14/09/2011


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