Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos



OSUFPB OU OSPB?
         
         A Academia Paraibana de Letras acolheu, nesta semana passada, o lançamento do livro “Confissões”, de Francisco Dantas, quando a reitora Margareth Diniz me reiterou o convite para assistir ao Concerto de Estreia, na Sala de Concertos Radegundis Feitosa, da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba, oriunda do Curso de Música da UFPB, alguns desses ex- integrantes da Orquestra Sinfônica da Paraíba e outros concursados para atender essa necessidade desse Curso, como acontece em outros  bons meios universitários. Lamentei não poder comparecer, pois iria à Itabaiana, onde participaria do lançamento do livro de Arnaud Costa que muito me encorajou, na minha adolescência, a escrever para  “A Folha” daquela cidade, cujo editor era o intrépido comunista Nabor.  Nesse mesmo evento, prestamos homenagem à ativista cultural Margareth Bandeira, companheira juntamente com Ivan, Fred, Lúcio Walter, Telmo e Renato do “curso primário”, no Colégio Nossa Senhora da Conceição, onde nos ensinaram as professoras Santana, Natividade e Lenice.

          Nossos parabéns à reitora Margareth; ao Diretor do novo Centro de Comunicação, Turismo e Artes David Fernandes e a todos os que fazem o excelente Curso de Música da UFPB. Viva a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba, siglada com as iniciais OSUFPB; viva a Orquestra Sinfônica da Paraíba, OSPB, sob a responsabilidade da FUNESC; vivam as duas e conservem a fama, segundo o Ministro da Cultura Weffort, da Paraíba ser um “estado de música” ou como dizia Sivuca: “Na Paraíba a música brota da terra”.   Se assim não ocorrer, sobreviva uma delas com o intuito de sempre atingir o nível de excelência, contando com o poder estadual ou federal que lhe propicie condições de uma ótima Orquestra Sinfônica, mantendo, nos seus quadros, um boa regência e um plantel de excelentes músicos.

          Desde os gregos, a música nos explica que ser sinfônico é resplandecer sinfonia... Contudo, a Paraíba sempre sofreu, conforme os interesses dos dirigentes, altos e baixos; que esses “altos e baixos” haja apenas nas partituras. Caso contrário, melhor uma boa orquestra do que duas medíocres...  Sejamos otimistas: sobrevivam as duas. Vivam, em nível de excelência e com nossos aplausos, a Orquestra Sinfônica da Paraíba e a recém-criada Orquestra Sinfônica da Universidade da Paraíba. Há dois valores que não nos abusam quando abundam: o silêncio e a música; sendo o primeiro em demasia monótono e entediante; o segundo, polifônico e agradável; mas, se de má qualidade, maçante e tedioso.

Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 13/04/2013


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