Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos


 
 
 
MAPOCHO, ÁGUAS REVOLTAS

Damião Cavalcanti

Que culpa me atribuis
ter nascido rio extenso?
Sou águas que te fluem,
outras correm sem destino.

Beijam as margens,
amam as quedas,
acariciam pedras,
criam relvas.

Minha vontade são declínios,
que impulsionam desatinos
e te pedem compreensão.

Das coisas qu'elas banham,
sejas apenas destra margem
e certeza que te amam.

À Matilde de Pablo Neruda.


MAPOCHO, AGUAS REVUELTAS

Damião Cavalcanti

Que culpa me atribuyes
haber nacido río extenso?
Soy aguas que te fluyen,
otras corren sin destino.

Besan los márgenes,
aman las caídas,
acarician piedras,
crean hierbas.

Mi voluntad son declives,
que impulsan desatinos
y te piden comprensión.

De las cosas que ellas bañan,
seas sólo diestra margen
y certeza que te aman.

A la Matilde de Pablo Neruda.


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Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 28/05/2010
Alterado em 04/07/2010


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