O TEMPO DO MERCENÁRIO
Séculos e séculos
Passarão como hora.
A nenhuma conquista
Sabor de vitória.
Dias e séculos
Passarão a miúdos,
Nenhuma das mortes
Te dará o tributo.
No tempo contado,
Viverás odiado,
Na cronometria
De guerra e de paz.
Se à guerra bruta
O espaço vendeste,
O tempo que enche
Vazio te faz.
O tempo é dos ventos,
Do fogo e do mar;
A terra sepulta
Quem o ajuda passar.
Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 02/11/2010
Alterado em 04/11/2010