A FUGA E O ENCONTRO
Se a fuga é assim tão bela,
Por que o encontro?
Se fugir é assim poético,
Por que o reencontro?
Andarei rumos floridos,
Confidenciando às rosas
Os teus caminhos idos,
Sejam eles nas planícies,
Sejam eles quase abismos.
Aconselham-me os cravos,
Também o cheiro dos jasmins,
Namoro todas as orquídeas,
Beijando as flores dos jardins.
Enquanto a liberdade desejar a fuga,
Ver-te-ei nos canteiros dessas flores,
A poesia será sempre os teus gestos,
Vivos aromas desses teus amores.
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 25/04/2012
Alterado em 26/04/2012