Damião Ramos Cavalcanti

Enquanto poeta morrer, a poesia haverá de viver

Textos


A FUGA E O ENCONTRO
 
Se a fuga é assim tão bela,
Por que o encontro?
Se fugir é assim poético,

Por que o reencontro?
Andarei rumos floridos,

Confidenciando às rosas
Os teus caminhos idos,
Sejam eles nas planícies,
Sejam eles quase abismos.
Aconselham-me os cravos,

Também o cheiro dos jasmins,
Namoro todas as orquídeas,
Beijando as flores dos jardins.
Enquanto a liberdade desejar a fuga,

Ver-te-ei nos canteiros dessas flores,
A poesia será sempre os teus gestos,
Vivos aromas desses teus amores.
 


 
Damião Ramos Cavalcanti
Enviado por Damião Ramos Cavalcanti em 25/04/2012
Alterado em 26/04/2012


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